A maturidade do não.
Sabe o que é maturidade? É fazer
o que quer, sem se preocupar com “o que vão pensar”, desde que isto não atinja
negativamente o próximo.
Passamos boa parte de nossa vida
fazendo o que vai agradar a fulano ou beltrano, quando na verdade nós deveríamos
viver a própria vida, porque a felicidade, o prazer, a alegria, é vivida pelo
EU, e não pelos outros, mas é tão difícil ir contra preceitos que nortearam
nossa vida desde o nascimento.
Aprendi isto somente quando
passei dos 50 anos, e hoje procuro a “minha alegria”, a “minha realização”, o
“meu projeto de vida”, porque já passei da fase de viver a vida do marido, dos
filhos, da sociedade, porque “é bonito”
ser assim ou assado.
Hoje já não tenho medo de dar uma
virada no guarda roupa ou elaborar uma nova rotina na minha vida, levando-se em
conta o meu próprio bem-estar. Já não me sinto constrangida por usar um montão
de cremes pra clarear o rosto, a usar unhas desenhadas, ou a descer para o
trabalho um pouco mais tarde porque quero curtir um pouco mais meu banho da
manhã.
Já não quero correr mais contra o
relógio, se já estou na linha descendente da vida (tenho 50 anos e pretendo
chegar aos 100), então é hora de apreciar cada momento da minha vida, quero
sentir melhor o gosto do café (sem queimar a língua devido à pressa), quero
apreciar melhor aquele capítulo do livro sentada no vaso sanitário, quero
alongar melhor o corpo na hora de acordar, afinal, 50 anos exige melhores
cuidados com o corpo.
Aprendi a dizer NÃO para
muitas coisas e muitas pessoas, e estou aprendendo a não ter vergonha ou
constrangimento disto. Dizer Não pra aquela pessoa que te olha e te
enxerga somente como um cofre, Não pra aquela pessoa que faz seu ouvido
de penico. Está na hora para eu começar a viver a minha própria vida.
Mas aprender a dizer NÃO é também
uma ciência, não basta somente decidir e... PAM... acontecer, pois é uma
decisão difícil, por isto que a maturidade tem que vir munida de certeza. É
isto mesmo que eu quero? Quero viver primeiramente em função de mim mesma, ou
viver em função dos outros? O que deve vir em primeiro lugar? Eu decidir viver
primeiramente em função de mim mesma, porque se eu não me amar
incondicionalmente eu não poderei me apaixonar por mim mesma, vou ser sempre a
segunda da fila, e eu quero ser a PRIMEIRA.
e-mail agdademetrio@gmail.com
Agda
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