Os pais e a fé como bases fundamentais na recuperação do filho. Não o deixe cair. (imagens google) |
1) Cordão umbilical afetivo.
Ao nascer, já se corta o cordão umbilical sanguineo, porém o cordão umbilical afetivo permanece, através das mamadas, dos carinhos, do segurar na mão, dos conselhos, da educação infantil, e do pedir ¨mãe, dá um real? ¨ Há um laço de dependência emocional.
2) Transferência da dependência –
Quando o filho se envolve no mundo das drogas, ele transfere essa necessidade afetiva. Já não depende emocionalmente da mãe, e sim das drogas, a mãe já se torna um empecilho, uma chata, uma rabugenta, só fica falando...falando...falando, enquanto que as drogas lhe dá uma sensação de liberdade e prazer.
3) Desequilíbrio materno.
Nesta fase, a mãe já se torna realmente desequilibrada, porque ela já não é o centro de amor do filho, já fica em constante medo que ele seja morto, que esteja destruindo o seu futuro e o de toda família, há mais cobrança que doação.
4) Ruptura do prazer.
Quando o filho se interna na fazenda, toda uma estrutura emocional, mesmo doentia, se desfaz. Na internação, o filho internado sofre, porque rompeu o seu ciclo de prazer, pois não há mais as drogas que lhe trás ¨felicidade¨, a solidão é forte, porque está no meio de outros tão perdidos e confusos como ele, há temperamentos totalmente diversos do seu.
5) Choque cultural – Muitas normas onde antes não havia.
Quando o filho se torna um dependente químico, daquele brabo mesmo, ele já não é aquele menininho obediente, carinhoso, carismático (pra mãe, todo filho é carismático), ele se tornou aquele menino rebelde, desobediente, preguiçoso, já faz as suas próprias normas. Quando ele se interna, tudo isto muda, já tem que levantar cedo, já tem que rezar, já tem que lavar sua própria roupa, já tem que respeitar o espaço do outro, então entra em conflito geral.
6) Medo do desconhecido – O filho não sabe o que vai acontecer.
Enquanto estava aqui fora, ele sabia o que ia acontecer, ia dar um ¨teco¨, ia curtir, ia se juntar com a galera, e lá dentro da fazenda não há o que havia aqui fora, a vontade de um pouco de ¨felicidade química¨ é muito grande.
e lá é só oração, trabalho, isolamento, e ele não sabe lidar com isto a princípio, na casa de triagem e posteriormente nas outras casas.
7) Isolamento, insegurança, ciúme, irritabilidade.
Quando o dependente se interna, é um choque de rotina muito grande. Lá é muita oração, trabalho, isolamento, e ele não sabe lidar com isto a princípio, na casa de triagem. Começa a pensar na família aqui fora. Será que me esqueceram aqui? Será que só me jogaram aqui como a um fardo de pano velho? Se o colega olha torto pra ele, já é motivo de briga, ele vira um centro nervoso, prestes a explodir a qualquer momento.
8) Instabilidade emocional – Onde entra o apoio materno.
É aí onde entra o apoio materno. Uma carta carinhosa, uma presença constante através da escrita. Um bilhetinho todo especial.
9) Mãe, seu filho renascerá. Tenha uma boa ¨gravidez¨.
Quando seu filho se interna, ele está se preparando para um novo renascimento, então trate esta internação como a uma segunda gravidez, e uma boa gravidez faz com que o filho nasça com saúde e equilíbrio. Não basta somente você jogar seu filho na internação e esperar que lá o milagre aconteça. O milagre é o trabalho conjunto de todos. Principalmente seu e dele, ambos, com fé e amor, vencerão esta batalha, não deixe esse elo se romper. Esse elo de amor, de confiança, de esperança. Sei que ambos estão fragilizados, mas se unirem seus objetivos, tornando-os únicos, a probabilidade de sucesso será bem maior.
10) Prepare-se para o retorno.
Enquanto seu filho estiver internado, ele estará numa espécie de redoma, o problema maior é quando retorna ao mundo aqui de fora, onde as provações são constantes, o risco da recaída é muito grande, os desafios são imensos, é onde mais se torna necessário a força conjunta, e esta força se adquire principalmente com diálogo, força interior, fé na vitória, e tudo isto se adquire na vontade ferrenha de vencer, na busca interior pelo Deus Supremo.
Não espere somente vitórias terrenas, nada valerá a pena se Deus não estiver na sua vida. Não abandone nunca a caminhada porque seu filho concluiu o período de desintoxicação e agora está bem. Você, mãe, tem que caminhar principalmente por você mesma, torne-se uma mãe emocionalmente sadia, a sua saúde mental depende de você, a caminhada é sua, você não pode trilhar o caminho do seu filho. Ele tem seu próprio caminho a trilhar, podem sempre serem paralelos, porém individual. Não viva a vida do seu filho, viva a sua própria vida. Seja feliz e com isto terá grandes probabilidades do seu filho também ser um homem feliz. Você saudável tem como ajudar melhor ao seu filho. Ame sendo você mesma, não somente uma continuidade dele. Você é única, individualize-se, e faça seu filho feliz sendo você feliz também.
Veja também neste blog.:
• Cicatrizes da droga.
• Um pequeno bate papo de uma mãe para outra mãe.
• Por que não recair nas drogas.
• Fé e oração para afastar a tentação.
• Ex dependente.: Você é especial.
• Bloqueio familiar.
• Vencendo obstáculos.
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