domingo, 8 de julho de 2012

Nossos filhos nosso amor.


Nossos filhos, nosso amor.

Por um filho cometemos tantas loucuras e tantos desatinos... É a força do sangue? É a força do coração? É a força da mente? Do espírito?... Por ser tão inexplicável, também são inexplicáveis nossas atitudes de mãe. Onde achamos tanta força e garra pra lutar por nossos filhos?

Nosso coração dói e sofre as dores dos nossos filhos, gostaríamos sempre de colher com a mão todas as suas angústias e trazer para nós vivermos com elas e eles viverem “felizes para sempre”. Se isto não é possível, às vezes nos sentimos impotentes por não cobri-los com nosso manto de proteção, e com isto às vezes “abafamos”  nossos filhos e não os deixamos se ramificar e florescer, mas nossas intenções são sempre as melhores.

É muito difícil para uma mãe deixar o filho crescer e “se desmamar”, porque temos medo que eles sofram, que eles chorem, que eles errem, e às vezes colhemos para nós os erros de nossos filhos, e com isto retardam o amadurecimento deles, mas mesmo assim nos sentimos felizes por poder estar colaborando com o seu bem estar.

Mas, se para um filho é difícil “levantar voo”  para o mundo, imagine pra mãe que fica “no galho” só olhando? Dá um vazio danado, uma solidão angustiante, um medo que eles sejam “abatidos”, e constato que não é só o filho que tem que amadurecer nesta nova fase, somos nós mães também que precisamos deste amadurecimento, desta serenidade.

Os filhos veem e vão, e nós permanecemos mães, permanecemos protetoras, fortes e frágeis, mas se o filho der um “pio”, olha nós lá correndo, amparando, consolando, e não conseguimos detectar de onde vem tanta força, tanta garra, tanto amor. Por mais práticas que sejamos, somos movidas por amor quando o tema é “filhos”, pois muitas vezes vivemos a vida deles, as alegrias deles, e esquecemos da nossa própria vida.

Muitas vezes já escondi os erros dos meus filhos, para evitar atritos, para evitar confusão, e intimamente talvez para mostrar a eles que continuo sendo uma super mãe, e com isto esquecendo de cortar o “cordão umbilical”  que me liga aos meus filhos, mas sei que isto não é correto, eles têm que viver as suas próprias vidas, amadurecer, se fortificar para enfrentar o mundo, afinal, não vou “virar pedra”, um dia irei para outro plano, e quando eu for, quem vai cobri-los com o manto da proteção?

Os atritos com noras serão crises de ciúmes? Será rebeldia nossa por nossos filhos terem “nos trocado” por elas?  Será despeito porque agora elas “tomaram”  o nosso lugar? É bem verdade que, às vezes, temos que dar graças a Deus por elas estarem cuidando dos nossos “folgados”?  E o medo é que não estejam cuidando, estejam descuidando da função primordial que é serem felizes.

A todas as mães eu digo.: Ame-os, muito... muito... Mas não vamos nos eliminar como pessoa, como gente... para viver somente em função dos filhos. Procurem ser auto suficiente emocionalmente, para que eles não se sintam tão “carregados”, tão cobrados, procurem ser sempre uma brisa de amor na vida dos filhos, e não um furacão de cobranças, exigências,  choradeiras.

Os filhos vieram para irem-se um dia, e o momento da ida tem que ser tranquilo, para que eles possam ter personalidade para trilhar os caminhos sem o fardo da culpa, para que eles sejam homens e mulheres saudáveis de mente e de coração.
Agda Demétrio


Agda

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