terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Onde nos perdemos?

Onde nos perdemos?

No início, tudo era bom...
Aquela vontade gostosa de ficar junto, de sentir o cheiro, o tato, o afago, um agrado, o segredo do corpo e da alma.
Sempre se quer saber mais do parceiro, sempre quer descobrir coisas, pensamentos, fatos, quer agradar, impressionar  e amar.
A vida é reconstruída de tijolos de sonhos, lutas, idealizações, decepções, recomeços. Reinício após o tropeço, comemorações após as vitórias.
Tudo são fatos e atos para solidificar uma relação. Para unir duas pessoas. Para a homogeneidade do casal. Só que a receita se perde e a relação se desgasta.
Um momento, de repente, se descobre que tudo murchou, aí vem a pergunta.: Onde nos perdemos? Os sonhos já não são os mesmos, os ideais são opostos, o vazio é profundo e a alma dói. Não pelo outro, não por si, mas por um terceiro elemento.: A relação.
E vem o questionamento.: O que fiz até aqui? O que aconteceu com nós dois?  Olha pra dentro de si mesmo e descobre um profundo vazio, e sente que falhou. Mas onde? Mas quando? Mas como?  Qual foi o momento em que nossas mãos do sentimento se desgarraram?
Será que foi quando os filhos cresceram? Quando engordei... 15  quilos? Quando o comprometimento financeiro ficou muito alto? Quando me afoguei no trabalho? Quando lhe veio a crise da meia idade?  A menopausa? A dor nas juntas? Os “ esses “  da vida moderna, onde a mulher tem seu campo de trabalho a conquistar palmo a palmo?
Toda a caminhada foi preparada para solidificar o relacionamento, como reservas de experiência para atravessar mais esta fase da vida, mas o significado se foi, a vontade ficou para trás, o sentimento murchou. E agora? Abandona o barco ou tenta um resgate? Para o resgate falta o objetivo, a vontade, e para o abandono falta a coragem, ou o medo do recomeço.
Nos perdemos no momento em que esquecemos de cultivar o que já estava  germinado. Nada floresce sem  o adubo da inovação e da criatividade. Não falo somente do sexo, falo de diálogo, de quebra de rotina, de amplitude nos objetivos, da larga visão do mundo, não ser como o boi ou a vaca de viseira, que só enxerga naquela direção. O sexo  é importante, mas é somente um complemento, a vida é uma gama muito maior que somente a realização carnal.
É neste momento em que se descobre que para viver, é necessário um ingrediente básico chamado sonhos. Precisamos reaprender a sonhar,  pois são através dos sonhos, dos objetivos, que se encontra motivações. E são as motivações que nos faz levantar da cama pela manhã com a mente cheia de planos, a adrenalina na corrente sanguínea, e sentir que a vida é cheia de surpresas.
E a coragem para recomeçar se busca na fé. No poder do Infinito, no Deus Supremo, porque se você deixar Deus entrar no seu coração, a vontade acontece.
Mas não basta somente a fé ou somente uma vontade, tem que ser o desejo dos dois. Uma relação a dois se baseia no querer dos dois. Somente um não toca uma relação.
Também não devemos culpar a Deus. ¨Foi Deus que quis assim...¨, pois esta é a desculpa básica daqueles que não querem lutar por seus objetivos. Deus nos deu o livre arbítrio para nossas próprias escolhas, não é justo culpá-Lo por nossos fracassos.

Todo casamento merece tentativas e lutas para ser resgatado, porque laços matrimoniais não se dissolvem sem deixar seqüelas, marcas e manchas, e essas marcas deixam mais marcas.

Toda relação merece o afago da tentativa, o toque da esperança, o resgate do casamento deverá ser tentado até esgotar-se todas as tentativas, mas o objetivo final deverá ser dos dois. Não basta somente a mulher ou somente o homem tentar, isto é o mistério do “conjunto”, o ingrediente do recomeço deverá ser temperado pelos dois.

Quando o vazio bater fundo, bem fundo, é hora de suprir este vazio com diálogo, e não ser visionária, ser realista, e também saber quando é hora de parar, de partir para outro caminho ou outra relação.

Agda.

Se esta postagem te transmitiu o espelho da sua verdade, e quiser bater um papo, meu e-mail é.: agdademetrio@gmail.com

Mãe, o que procuras?

Mãe,O que procuras?
Sonhos?  Ilusões? Esperança?

Seu filho está perdido no mundo das drogas? Você já não sabe o que fazer? Suas noites são de sustos e seus dias de estresse?  Sua pressão está em alta e suas finanças está em baixa?  Você

Mãe, seu filho terá que buscar a sua própria ajuda, a sua própria saúde, a sua própria cura. Somente ele pode dar seus passos rumo à caminhada, você poderá simplesmente orientá-lo na direção certa, as passadas quem tem que dar é ele, e não você.


Co-dependência.
Você sabia que você também precisa de ajuda? Nós, mães de dependentes ou ex-dependentes químicos carregamos também a nossa própria cruz chamada “co-dependência”, e adoecemos mais que nossos filhos, porque eles ainda tem a “felicidade química”, e nós, o que temos?


Nós  temos as cicatrizes da droga.
Angústia, medo, tristeza, sobressaltos, insegurança, hipertensão, problemas cardíacos, medos, gastrites nervosas, depressão, males inexplicáveis, principalmente os males da mente, que marcam o corpo e a alma. Isto são as cicatrizes que a droga deixa em nossas vidas.

Sentimento de culpa.
Os sentimentos dessas mães são como feridas, dolorosas e frágeis, onde qualquer pressão se transforma em tensão, em auto-acusação, e principalmente em auto-flagelação, pois muitas vezes  se culpa pelos descaminhos do filho.
- Por que não percebi antes?
- Onde foi que errei?
- O que falta pra esse menino?


O destino final...
Existe o ex-usuário, o ex-dependente, até ex-amor...mas não há ex-mãe ou ex-pai, somente pessoas que amam e tentam segurar na mão do filho e guiá-lo de volta ao aconchego de seu amor.
Para a mãe de um dependente químico há sempre o medo do momento em que o  telefone irá tocar pra lhe dar uma fatídica notícia – Seu filho morreu.


A busca da paz.
Nós devemos constantemente buscar a nossa saúde mental, a nossa serenidade, a nossa paz. Podemos ter paz enquanto o filho é um “noiado”? Sim, podemos. Quando aprendermos a cortar  o cordão umbilical da dor e dos sobressaltos. E isto nós conseguiremos através da fé.


Nosso filhos a Deus pertence.
Sustos e tristezas sempre haverão, faz parte da nossa caminhada de mãe, porém não devemos nunca permitir que isto seja o centro das atenções nas nossas vidas.
Quando aprendermos realmente a ter nosso diálogo pessoal com Deus, nós aprenderemos a entregar nas mãos Dele o destino de nossos filhos.


Cuide-se...
Quando foi a última vez em que pintou o cabelo, manicurou as unhas, fez uma limpeza de pele, soltou aquela gargalhada gostosa?
Fez um passeio despreocupado ou até bateu um papo tranquilo com sua amiga?
Aliás, você ainda tem amiga?
 A vida é algo além das lágrimas, além da dor. A vida também é sorriso e esperança.


Poder Divino.
Mas como conciliar filho, dependência química e felicidade? Através da oração, do diálogo pessoal e intransferível com Deus, da sua força de vontade de superar essas barreiras, da confiança depositada no Homem Lá de Cima.
Para Deus, nada é impossível, mas você precisa acreditar nisto.



Bloqueio familiar.
O relacionamento familiar se deteriora pela falta de diálogo, comece a dialogar mais, trocar idéias, falar de coisas sérias e também de coisas sem importância.
Frases como.:
- Oi filho, como foi o seu dia? 
- Filho, você sabe que eu te amo? 
- Filho, você é muito importante para mim.  
- Marido, quer um chazinho?


Um lar de paz.
Esse diálogo serve para toda  a família, uma harmonia familiar te fará uma pessoa mais leve e mais feliz. Faça do seu lar o repouso do guerreiro, o ninho de paz, o centro da harmonia e não um confessionário de lamentações.
Isto você aprenderá aos poucos, com calma, mas com perseverança e vontade de mudar.


A reconquista.
 Esqueça aquelas atitudes de gritos, recriminações, acusações, isto você já viu que não funciona, então tente outra tática, a tática do amor.
Não dizem que somos o sexo frágil? Então vamos vencer pela fragilidade, pelo carinho, e quando perceberem, já os teremos reconquistado.

Seja uma boa companhia.
Não tenha medo de mudar, você mudando o filho irá até se surpreender, o seu marido (se ele ainda não levantou vôo, é claro) já não terá medo de voltar pra casa à noite e topar aquele “espantalho” de corpo e alma em que você se transformou, seus outros filhos já sentirão prazer em ficar na sua companhia.
Mude, e leve-os a mudar também.


A super-mulher.
Vale também lembrar que outros membros da família dependem de você, de sua atenção, de seu amor, seu cuidado, seus carinhos. Não “mate” os outros membros da família em detrimento de um só. Concilie atenção a todos, afinal, ser mãe é ser super-mulher, isto sim, não mudará nunca.


Irritabilidade.
Quando foi a última vez que você olhou pro seu marido e deu aquele sorriso maroto, mesmo que falte um dente?  Há um ditado que diz.: “Comeu a carne, agora é hora de roer os ossos”, então procure ser pelo menos um monte de ossos charmoso... Procure ter leveza na vida, e não poço de lamentações pra seus familiares. Ninguém gosta de conviver com porco-espinho.

Ame-se.
Você, mãe, deverá ser sempre  o pilar familiar, a força da harmonia, o direcionamento de luz no seu lar. A sua luz deverá sempre brilhar, para iluminar os caminhos de seus filhos e esposo.
Ame-se e cuide-se, e com isto estará ajudando a todos.

Não são as dificuldades financeiras que deverão ser os motivos de seus males, se família rica fosse solução pra tantos dependentes químicos, não haveria tantas famílias abastadas com filhos drogados, tantos “carrões” de luxo transportando os pais pra visitar os filhos na Fazenda da Esperança e tantas outras clínicas.


Banalização da droga.
O problema não está no dinheiro ou na falta dele, está na facilidade com que o traficante chega até seu filho, seu marido, seu irmão. O problema está na banalização da droga,  o jovem consumir droga hoje já é rotina, e ele se tornar um viciado, um dependente, é o pesadelo da conseqüência.


O que poderemos fazer.?
Inicialmente mudar nossas atitudes, pra criar forças pra enfrentar o inimigo, e o inimigo não é só a droga, é a rotina, a desesperança, a desarmonia familiar.
Arme-se de amor, de coragem, de perseverança, de fé, e venceremos primeiro nosso inimigo interior, que é nosso comodismo, depois o inimigo externo, que é a droga, e a nossa maior arma é a oração.


Viver em paz.
A cura não vem de imediato, é um processo de erros e acertos, onde  vai-se tecendo as conquistas, aprendendo dia-a-dia como ser sempre melhor, como sempre acertar mais. Acertar para resgatar o seu sossego e o seu filho.

Nunca sinta que está velha demais pra mudar ou pra aprender, a aprendizagem é para qualquer idade.
Aprenda a viver em paz!


Ter fé.
Através da fé você amplia suas forças. Nada do que foi abordado até agora valeria a pena se você não tiver fé. Para ter sonhos, ideais, objetivos, você tem que crer. Crer que pode, que merece, e principalmente crer que há um Ser Superior te fazendo superar todos os obstáculos que surgirem na sua vida.


Mãe,
hoje é o primeiro dia pra você começar uma nova caminhada, a caminhada em busca da paz.
Não basta orar sem fé, Deus não quer ouvir as suas palavras, Deus quer ouvir o seu coração pedindo paz.
Para uma longa caminhada, é também necessário dar o primeiro passo...


Onde buscar parceria.
A caminhada sozinha é difícil, cheia de tropeços. Procure fazer a sua caminhada com outras mães que se identifiquem com você.
Procure parceiras da fé nos Grupo Esperança Viva, Pastoral da Sobriedade, Amor Exigente ou tantos outros grupos similares. Aprenda e ensine com outras mães.
Sempre todas têm algo a partilhar que seja âncora para uma vida mais saudável.


Cantando...
E só assim... então...  você será feliz... Bem feliz...
X
X
X
Que Deus seja seu apoio nas lágrimas mas também seu amigo nas horas do riso...  O sorriso da vitória!!!

Paz na Pastoral da Sobriedade

Paz na Pastoral.

Os caminhos de Deus nem sempre são floridos, porém quando aprendemos a ver beleza nas pedras e perfume no silêncio, a filtrar o pó da dor e dele tirar a essência da vida, reaprendemos a viver sob outro prisma e renascemos para uma vida com mais substância e menos egoísmo, aí realmente aprendemos o significado da felicidade.


Houve um tempo em que meu filho só era feliz quando consumia drogas. Só era feliz naqueles instantes da ¨viagem¨, o restante do tempo ele variava entre a angústia, a depressão, a tristeza e principalmente a irritabilidade.

Eu, como mãe, pegava carona nesses estágios, só não embarcava na ¨viagem¨,  mas no restante eu era sócia majoritária, porque sofria por ele e por mim. Mas esta fase de minha vida não durou muito, porque eu não deixei que perpetuasse. Busquei ajuda, para mim e para meu filho, e esta ajuda veio, só que com uma condição.: Cada um era guia de sua própria vontade, cada um tinha o livre arbítrio de permanecer na busca da sanidade ou abandonar a caminhada. A caminhada pela vida.

Foram meses de conquista pessoal, cada um buscando forças interiores para, a cada dia melhorar, a cada dia permanecer sãos, a cada dia ser uma nova vitória conquistada. Os caminhos foram tensos, tristes, dolorosos, mas a esperança prevaleceu em busca da vitória, e esta vitória eu consegui na Pastoral da Sobriedade.

Os caminhos da Paz.

1º. Passo – Admitir

1º. Passo
Admitir

Admitir que é dependente.

Admitir é dizer a si próprio.: - Eu preciso de ajuda. Porém, no nosso mundo, geralmente encaramos este pedido de ajuda como uma demonstração de fraqueza, e não é chique ser fraco, não é legal mostrar fragilidade.
O mais difícil ainda é reconhecer que é dependente, e difícil ainda é simplesmente admitir que precisa de ajuda.
Na nossa sociedade a busca por novidades e emoções fortes é estar na moda, porém, quando a dependência faz parte da rotina já não se torna moda pedir ajuda.
A droga traz sensações inebriantes, e tudo que traz prazer ao corpo e ao cérebro o nosso consciente se recusa a abandonar, e é esse apego ao prazer que impede de reconhecer que precisa parar, e quando reconhece já não consegue parar.
O poder maior do ¨admitir¨ não é para o seu pai, a sua mãe ou ao seu irmão, sua esposa, é para si mesmo, pois não basta admitir para os outros, tem que admitir para si, pois você tem que libertar-se primeiramente de seus próprios vícios e vontades.



2º. Passo – Confiar


2º. Passo – Confiar.
Ao nascermos, confiamos inteiramente na nossa mãe, na adolescência costumamos confiar naquele(a) nosso(a) amigo do peito, é para ele(a) que confiamos nossos mais profundos segredos. O sentido do amor materno ou paterno já não é tão forte que quanto em  criança.
É neste estado volúvel que começa a enraizar o perigo, pois é nesta fase em que a curiosidade encontra-se aguçada, onde o desconhecido é um mundo desejado.
Quando começa a navegar na droga, e vem a dependência, e posteriormente a consciência que precisa parar, inicialmente o dependente procura apoio no amigo do peito do momento, porém esse amigo do peito é tão frágil e inexperiente quanto ele.
Até o dependente chegar ao ponto de pedir ajuda à pessoa mais indicada, geralmente sua família e posteriormente a um grupo de apoio, já chorou em muitos ¨ombros amigos¨, em muitos ¨amigos do peito¨, e, após tal caminhada, já acha que não tem jeito, que é um caso perdido.
Adolescentes e jovens costumam sempre serem dramáticos em seus julgamentos, vão de um extremo de sentimento a outro, porém somente quando chegam no seio da família e pede ajuda, e confia que nesse porto seguro não vai naufragar, é que começa a sua recuperação.
É nesta fase onde o dependente e a família, de mãos dadas, devem procurar ajuda em grupos de apoio e outras alternativas de solução,  tomando o cuidado de não permitir mais charlatões em suas vidas.


3º. Passo – Entregar

Pedro, c 5, 7-11: ¨Depois de terdes sofrido um pouco, o Deus de toda a graça, que vos chamou para a sua glória eterna, no Cristo Jesus, vos restabelecerá e vos tornará firmes, fortes e seguros.¨
Se entregar toda sua caminhada a favor de Deus, Ele te dará forças e te restabelecerá com toda amplitude, você superará todas as barreiras, elas não irão desaparecer, talvez até fiquem maiores, porque nem sempre os caminhos trilhados na fé são fáceis, mas o que irá diferenciar será a força que nascerá interiormente de você, que te auxiliará e iluminará teus caminhos para que as soluções surjam à medida que você vai caminhando.
A entrega terá que ser total, para que a força venha também total, não basta entregar-se somente na oração da manhã e no restante do dia esquecer sua condição de cristão, porque um colega te chamou de filho da.p... ou de ¨noiado¨ ou não te ajudou nos afazeres. Entregar também é renunciar. Renunciar àquilo que te dá prazer mas não te dá luz, dá alegria mas não te engrandece, te satisfaz no momento mas te dará angústia no futuro, e essas renuncias, no futuro, se tornarão frutos da fé, pois o que você renuncia hoje em nome de Deus será recompensado amanhã em nome da paz, em nome de sua paz e da paz de sua família, e no engrandecimento de seu espírito.
Não basta você dizer ¨Deus, me ajude¨, se você próprio não se ajuda, nós temos que ser oração e ação, não basta só orar, temos também que agir, e agir em nome do bem, em nome do respeito, em nome do amor, em nome da fé em Deus.
As boas atitudes podem ser através de pequenos gestos, de poucas palavras, mas demonstrando que há Deus em você.
Entregar é crer que está fazendo o certo, é crer na sua escolha, e não se sentir tolhido ou envergonhado, porque a vergonha da sua fé não deixa você completo, e se você não está completo não conseguirá se encher da recompensa de Deus, porque o vaso ainda está quebrado. Vaso velho e quebrado pode ser recuperado.



4º. Passo – Arrepender-se.

Arrepender não deve significar somente uma palavra que o vento levará seu som embora, deve ser sim a abertura de uma ferida que você expõe a Deus para que Ele a cure, com Seu amor e Sua profunda bondade.
Arrepender é soltar as amarras de seus pecados, deixá-los ir embora e não recair  nos mesmos erros.
Se você se arrepende e reincide, é porque não arrependeu-se verdadeiramente, está sendo um balão vazio, sem consistência, sem fé, sem recomeço.
Arrepender-se é remediar-se, e remediar é crescer e florescer. Somente com crescimento se eleva espiritualmente.
A semente terá que partir-se para brotar uma nova planta.

O crescimento espiritual se vive quando se reconhece onde errou e se determina a não errar mais, não devemos viver a vida inteira na mesmice monótona, temos que estarmos constantemente buscando nosso crescimento espiritual, e como crescermos se não somos solos férteis para o amor de Deus?
Onde a semente do Seu amor cai e o terreno é árido, não há frutificação, a semente não germina e o fruto não virá.
Deixe seu coração fértil do amor de Deus, nenhuma semente se perde quando o coração transborda de amor, amor de Deus, amor ao próximo, amor à família, e também amor a si mesmo.Somente se amando e amando ao próximo formar-se-á o adubo da Esperança, a força da paz.
E a paz é o objetivo final de toda família que busca uma Pastoral.



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5º. Passo – Confessar.

Quando dizemos, Senhor, confesso meus pecados, nesta frase estão incluídos todos os 12 passos da nossa caminhada,pois representa todo um envolvimento pessoal.
Enquanto não nos libertarmos de nossos pecados, não conseguiremos ser libertados. A confissão é um sacramento de cura, de libertação, não existe estrutura humana perfeita, mas todas as vezes que confessamos, buscamos a perfeição, porque procuramos nos lavar de todo pecado, e a busca da perfeição  nos leva a um processo de cura.

Confessar é admitir nossas falhas, é  confiamos em Deus e em Jesus Cristo, que pode nos curar, mas para isto temos que realmente confiar, não basta somente esperar que Ele nos cure. É entregar-se totalmente, pois não pode haver entrega total sem confiança total.
 Confessar é confiar inicialmente e profundamente em Deus, porque você vai expor sua alma, suas falhas, sua dor, suas mágoas. Nem sempre sua alma está tão bonita para se mostrar, mas você precisa ter a coragem necessária para mostrá-la como ela é, sem maquiagem, para que ela possa ser purificada.
Confessar é arrepender-se. Como confessar se não se arrepender.? Como esperar a cura sem ter a certeza que realmente quer esta cura? Arrepender é reconhecer falhas e querer corrigir-se.  Confessar é entrar em uma cachoeira de águas puras  e banhar toda a sua alma e sair renovada para uma nova vida, para um renascimento para Deus onde buscamos forças para nos sentirmos forte apesar de toda adversidade.
Após confessar, você renasce para uma nova vida, passa a reparar e corrigir seus erros para com o próximo e para consigo mesmo. Você passa a professar a fé através de suas atitudes, de sua vivência, passa a orar , servir, celebrar e festejar esta sua nova vida.



6º. Passo – Renascer.


Querer é poder, a força da mente unida com a Fé em Jesus Cristo faz acontecer milagres. Para renascer não será necessário fatos extraordinários, fenomenais, basta deixar Jesus entrar no seu coração, para cada dia ser um renascimento, acordar pela manhã, sentir e dizer a si própria.: hoje eu sou uma pessoa nova, melhor que ontem, e amanhã serei melhor que hoje. Renascer é se filtrar das coisas más, é saborear o bem e deixar a bondade e o amor invadir sua vida.

            Renascer é viver cada dia como uma ocasião especial, é espanar menos e amar mais, é usar hoje aquele perfume especial, porque o nariz do meu colega de trabalho funciona tão bem quanto o dos meus amigos de festas, é usar aquele lindo vestido, porque eu tenho que ficar bonita primeiramente para mim, meu marido, meus filhos e meus amigos, depois para o restante do mundo. Eu só posso ser uma nova pessoa a partir do momento em que eu me amar incondicionalmente, transbordar de amor, e com isto inundar de amor o meu irmão.

Quem renasce não tem  um passado de pecados, quem renasce é porque já se arrependeu e foi perdoado através do sacramento da confissão. Já renasceu para uma nova vida espiritual. Senhor, renasço no Teu Espírito, para a sobriedade. O homem velho passou, eis que sou uma criatura nova. É nesta crença, é nesta fé, é neste renascimento que uma nova vida recomeça, e é necessário todo um envolvimento espiritual para aceitar, entender e viver esse renascimento, pois sempre estamos procurando carregar alguma casquinha daquele passado que teimamos em não largar. Abandone–se neste renascimento, mergulhe nas águas puras da fé e um novo horizonte se abrirá.





7º. Passo – Reparar

Reparar financeira e moralmente.

Se eu contraísse uma dívida, seria um acordo de ambas as partes, uma como credor, e outra como devedor, e, ao quitá-la, eu estaria pagando, e não reparando, portanto, reparar é mais que pagar, porque para reparar, antes houve um ferir, seja o ferir financeiramente ou moralmente a uma outra pessoa.


O reparar financeira eu não só desfalquei algo de alguém, como este desfalque foi sem autorização do outro, sem o seu consentimento, prejudicando-o de sua posse.
Reparar é corrigir ferimentos provocados de si a outros. Ferir é fácil, corrigir esses ferimentos é difícil, principalmente devido a cicatrizes que ficam.

O reparar moralmente é mais que um desfalque, é uma ferida nos sentimentos de outra pessoa, e, mesmo ao repará-las, ficam as marcas da dor.
Não é só o dependente químico que comete erros que necessite de reparação. Nós, também, como co-dependentes ou agentes de fé, também somos falhos e frágeis. A condição de mãe, pai, amigos, etc, não nos faz perfeitos e infalíveis, muito pelo contrário, nosso dia atribulado e angustiado nos faz cometer erros, machucar sentimentos de nossos entes queridos e Deus não nos isenta de reparação.
Temos que dar exemplo de amor e humildade ao reconhecermos também nossas falhas, a coragem de corrigi-las e a perseverança de não incorrer nas mesmas falhas, e o principal método é reconhecer Deus em nossas vidas, é ver luz nas trevas, beleza em pequenos gestos, fazendo de nossas palavras solidariedade e não uma espada de guerras que destrói pessoas e relacionamentos.
O poder da palavra tanto destrói como constrói.

8º. Passo – Professar a fé

Quando a pele sente a brisa do vento, os olhos captam a beleza sob a fuligem do mundo, o amargo é transformado em tempero da vida,  e todo seu corpo se embala no acalanto do amor que sobrepõe o ódio,  e você começa a ouvir os sussurros da paz, todos os seus cinco sentidos se juntam para, em comunhão, viver o sexto sentido, o sentido da alma, o sentido do espírito, o sentido de Deus. 

Professar a fé não é sair gritando aos quatro ventos que você vive A Palavra, é fazer com que a brisa suave mostre, através da sua vivência, o grande poder de Deus. O bom exemplo mostra mais que mil palavras. Palavras se vão, vivência se mostra e se exemplifica. Vivência é Deus no nosso cotidiano.



9º. Passo – Orar e Vigiar

Nós devemos orar não só para pedir, mas também para agradecer. A vida é composta também de alegrias e realizações, então por quê não agradecer?
Por quê não propagarmos a paz, amor, esperança? Nós recebemos o que doamos.

O oração forma uma corrente, um elo de fé. Ao rezar somente para si próprio é mostrar egoísmo. ¨Deus, me ajude a alcançar isto¨ , ¨Deus, me dê forças¨, ¨Jesus Cristo, me faça alcançar esta graça¨...

Saber ouvir as respostas de Deus é importante, pois nem sempre Ele nos dá o que pedimos, e sim o que precisamos. Ele sabe mais de nós do que nós mesmos, e quando Ele nos atende, e nós enxergamos isto, (mas é necessário enxergar) nós sentimos uma grande paz e uma grande força, por saber que Ele está sempre do nosso lado.
Há o tempo dos homens e o tempo de Deus.

A oração fortalece, ilumina, traz esperanças, faz acreditar que há vitórias nas batalhas contra as drogas. A vigilância contra as tentações traz o alerta para a alma, para que o inimigo não o pegue desprevenido. Não deixe sua mente fragilizada e vazia, para que pensamentos negativos não cheguem e lhe tirem a paz, seja através de uma depressão ou de falta de esperança ou confiança. Seu espírito forte trará forças à sua mente.



10. Passo Servir


Amar ao próximo como a ti mesmo. Amar não é somente dar “bom dia” ou “prazer em te ver”, é estender a mão e ajudar na caminhada, é segurar na mão e acalantar seu espírito na dor.
Doar amor, solidariedade, paciência e principalmente esperança. Esperança é algo que mais uma mãe precisa – Esperança da recuperação, esperança do renascimento, esperança de uma nova vida.
Todas essas dádivas vêm quando primeiramente damos, dar para receber. Grandes bênçãos recebi ao ter de volta meu filho, limpo, feliz, livre das drogas, e toda minha doação emocional é pouco no sentido de agradecer a Deus por mais este milagre na minha vida.



11. Passo – Celebrar.

Não importa qual igreja, o caminho para Deus é um só, o Deus é único. Nosso espírito deverá estar constantemente em sintonia com Deus para o reforço da fé, e esta sintonia não se adquire somente no quintal de casa, o Templo de Deus traz o hábito da oração, e este hábito se torna uma rotina de fé e paz.
Celebrar deverá ser sinônimo de alegria e de calma, o hábito da rotina deverá se tornar uma constante na vida, e quando reaprendemos a viver neste celebrando o Deus da Vida, viver se torna um cântico de felicidade.



Esta é mais uma declaração de amor à Pastoral da Sobriedade, onde me ensinou o significado das palavras.: Fé, Renascimento e Esperança.






12. Passo – Festejar.

A vida não é somente lágrimas e lamúrias. Nenhuma mulher deverá jamais fazer do seu lar um confessionário de lamentações, é também alegrias, prazer, sorrisos e bem-estar. Quando a alegria faz parte de sua rotina diária, quando a gargalhada é o som mais constante no seu lar, quando a palavra amor é vivida em continuidade, a vida se torna mais amena, e o caminho para a felicidade se torna mais largo. Pedras sempre haverão em qualquer caminhada, porém elas tanto podem estar lá para darmos topada ou para calçar o chão para amenizar as passadas da vida.

Festejar nunca deverá significar “mé”... “pinga”... “gole”... “trago”... ou qualquer outro nome que se dê. Festejar não deverá ser uma “passada para a cova”, ou o “pesadelo do amanhã”. Festejar deverá ser, primeiramente, alegria sadia e saudável, sobriedade e felicidade, e é possível ser feliz sem drogas, lícitas ou ilícitas.




Outras mães podem encontrar esta mesma sanidade em lugares variados, seja na Igreja, seja nos grupos de auto-ajuda, seja nos encontros de amigos, seja sozinha no seu encontro com Deus, o lugar e a forma não importa, o que importa é a paz interior que se conquista.


Esta é mais uma declaração de amor à Pastoral da Sobriedade, onde me ensinou o significado das palavras.: Fé, Renascimento e Esperança.

Batalha pela vida

Batalha pela vida

O filho é a nossa continuação genética. É um pedaço nosso, um corpo similar e uma extensão de nossos sonhos e amor. É tão “eu”  que sentimos as suas dores,  choramos as suas lágrimas e sorrimos o seu sorriso.  É tão continuidade que até pressentimos seus perigos.

Ao nascer, um filho já captura toda nossa atenção e afeto, é o momento onde deixamos de ser a “número  um”  para nós mesmas e nos colocamos em segundo plano em benefício do próprio filho. Erradamente às vezes até nos anulamos como pessoa, para se auto-afirmar como mãe.

Existem também casos bárbaros de violência, abandono e descaso de muitas mães, mas, graças a Deus, isto é uma exceção à regra, o amor supera as estatísticas, o amor é o lugar-comum neste universo materno, onde a proteção ao filho é função natural.

Quando a droga entra no nosso lar e disputa o nosso filho, tenta arrebatar para ele a nossa “cria”, ameaça cortar o “cordão umbilical afetivo”, a fera adormecida em cada mãe acorda, mostra suas garras e tenta vencer o inimigo, mas muitas vezes não sabemos lutar, não aprendemos a lutar corretamente contra este inimigo chamado “droga”.

Mas nada impede de aprendermos, e para aprendermos temos que conhecer o inimigo, não consumindo, é claro, mas pesquisando, escutando, partilhando, para saber seus sintomas, saber contornar para chegar ao íntimo de nosso filho novamente. Temos que alcançá-lo de alguma maneira, para não o perdermos completamente.

Nós, mães, devemos saber usar as armas ao nosso alcance. Em qualquer batalha, arma errada pode significar luta perdida, e algumas vezes fracassos na batalha, e neste caso é uma batalha onde o prêmio é o nosso filho e a nossa paz.
Algumas respostas são claras, outras são veladas. Cada caso é similar a outro, porém com nuances diferentes. As respostas devem ser percebidas através da experiência, da vivência e do amor, porém algumas estratégias são válidas para chegarmos ao coração do nosso filho.


A luta é uma só – A batalha contra as drogas.
Quais as armas corretas?
Amor – Somente amando muito, imensamente, angariamos força para continuar, pois há momentos em que sentimos vontade de abandonar tudo e deixar somente nas mãos de Deus. São aqueles momentos em que temos vontade de gritar – Chega... Chega... Chega, não agüento mais...

Compreensão – Quando compreendemos o problema, sabemos lidar com ele. Temos que compreender que muitas atitudes de nossos filhos são provocadas pelo efeito secundário da droga, que já rege suas atitudes, já tomou de conta de sua personalidade. Aliás, quando ele se torna um dependente, já não tem personalidade, tem “consumismo”.

Conhecimento – Todo conhecimento é valido para usar de estratégias e vencer o inimigo. Não adianta nada você, mãe, tentar sensibilizá-lo enquanto ele estiver “chapado”, ele não vai importar-se    à mínima para o que você falar, ele só te olhará com aquele olhar “vidrado”  e nada mais, e você se sentirá mais frustrada ainda. Aguarde seus momentos sóbrios.

Diálogo – O diálogo familiar quebra a barreira do silêncio, nos permitindo transpor a armadura do mal. É necessário saber a diferença entre diálogo e gritos, diálogo e censura, diálogo e monólogo. Não adianta você, mãe, você só falar... falar... falar... Ele também tem que participar do “papo”.

Quais as armas erradas?
Gritos, recriminações, acusações, indiferença, vingança. Todos esses métodos errados ocorrem nas famílias, porque todos já se encontram tristes, irritados, estressados, doentes emocional e  fisicamente,  e extravasam suas mágoas através de sentimentos negativos. A cada sentimento de recusa que o filho sente no lar, mais ele se afunda, e mais difícil ficará para ele reagir, emergir do lodo da dependência.


Que estratégia usar?
A melhor estratégia é a cura pessoal. Toda família deverá se curar para ter forças para enfrentar o inimigo.: A dependência química.
A lucidez emocional permite que todos enxerguem horizontes onde antes era somente trevas. Toda família deverá procurar ajuda, e não só a mãe, mas a mãe é a chave-guia para toda família. A partir do momento em que a família encontra-se sadia emocionalmente, forças surgirão para o resgate, se ele quiser. Se não quiser, a família não morrerá junto.


Quais os aliados?
Deus, amor e trabalho.
Deus, porque sem os milagres do Poder Divino não saberemos agir com sabedoria nem teremos força emocional para conduzir a caminhada, e ela é longa, mas a paz que te inundará te fará uma pessoa sóbria, serena e capaz de sorrir novamente. Isto é possível.

Amor, porque somente um grande amor nos faz achar forças para transpor barreiras inimagináveis pelo ser amado. E quando este ser amado é nosso filho, maiores obstáculos serão vencidos para resgatá-lo. E quando a batalha é vencida, quando olharmos para o filho limpo, livre das drogas, sentimos que tudo valeu a pena.

Trabalho, porque a ociosidade faz o dependente químico mais se afundar nas drogas bem como se achar um imprestável, e é este sentimento de nulidade que devermos evitar que o dependente sinta. Temos que nos conscientizar do risco do dinheiro fácil. Todo dinheiro na mão do dependente químico é para ser consumido em drogas. Então ache alternativas, inclusive mostrando-o dos riscos do dinheiro e da necessidade da auto-ajuda. Dialogue e tente chegar ao coração do seu filho através do amor, mas também através da recusa.


Manipulação – O mal bifásico.
A manipulação é um mal para o agente (o filho), pois vai eliminando sua capacidade de amar e se envolver de forma sadia na família, e para a mãe, que sofre ao se sentir um “cofre”, um pote de recursos para a droga. Não basta somente falarmos de amar... compreender... dialogar... temos que ter  o cuidado de não deixar ele nos manipular para conseguir se manter no vício. Quanto mais doente nós, mães, estivermos, mais seremos manipuladas, porque eles percebem nossa fragilidade e nos “ataca”  pelo nosso lado mais frágil.
- Mãe, se me der um computador novo fico só em casa, não saio pra rua.
- Mãe, quero aquele tênis de marca, aquela bermuda bad-boy, etc.
E a mãe compra, pra ver se o filho fica feliz e não consome mais droga. Mas não adianta, ele pega tudo que ganhou e penhora na “boca”, e a mãe fica com a despesa e a tristeza. Aprenda também a dizer “NÃO”.

Quais os adversários?
Os “amigos errados”, a ociosidade, a animosidade da família, o dinheiro fácil, e principalmente a falta de Deus na vida familiar. Às vezes Deus não entra no coração de toda família, porque nem todos O deixam entrar, mas aquele que é agraciado pela fé, tem a missão de levá-la a todos, pelo seu exemplo e perseverança.

O sonho de toda mãe de dependente é idêntico – Resgatar seu filho da dependência química.
Porém, a vontade do filho nem sempre é a mesma. Uns querem  ver-se livre das drogas... outros não.
Uns sentem que precisa de ajuda para o retorno à uma vida saudável... outros não.
Uns  sentem-se  felizes da forma que está vivendo, a sua “felicidade química” lhe é auto-suficiente, e ele não sente mais necessidade do carinho de sua mãe. E isto dói... dói muito... Na mãe.

Esta é uma guerra tão medonha, que  a mãe adoece... adoece a doença do filho, sem dar um “teco”, uma “cheirada”  ou uma “picada”, debilita-se pela droga, sem consumi-la. Adquire a “morte sintética”  sem o prazer da “viagem”.  E morre...  Morre em vida, porque sua alegria se evapora no pó da droga. Seu sono já não é o repouso do corpo e do espírito, é o cochilo do sobressalto. Seus sonhos se transformam em pesadelo porque o traficante é o guardião do seu “tesouro”.

Como reverter esta situação???

Pela individualidade da cura, pela esperança da vitória e pelo reforço da fé.
Mãe, primeiro cure-se, desvincule-se, proteja-se. Proteja-se do seu próprio medo, da sua própria angústia, da sua própria desolação. Através do ato de segurar na mão... Na mão de Deus.  Você não poderá guiar seu filho enquanto não visualizar o seu próprio caminho. Como um cego guiará outro cego? Os caminhos se iluminarão quando a Luz Superior acalantar o seu coração.



Como conseguir essa luz?
Através da oração, esperança e amor. Isto são pequenos grãos de conquista pessoal que a cada dia se junta ao anterior, solidificando a estrada tortuosa, e cada curva poderá te oferecer horizontes de paz.
Se os horizontes não forem de paz, use-os como escudo de força para aprender com os erros e recomeçar... Recomeçar sempre, e a cada recomeço novos horizontes surgirão. Nunca é tarde para a vitória chegar. Há o tempo dos homens e o tempo de Deus.
E esta caminhada te fará mais forte, mais lúcida, mais sadia. E quando teu filho te pedir ajuda, você poderá estender sua mão, juntar-se à dele, e juntos, pela comunhão de amor, seguirem caminhos de vitória, porque você já venceu a sua própria batalha. A batalha da depressão, do medo e da vergonha.
Mãe, ame-se, e este seu amor pessoal te fará encontrar o seu caminho de paz.

Agda Meneses




sábado, 11 de dezembro de 2010

O mal que sai da boca

O mal que sai da boca.

Palavras são ações sem retorno. Quando a palavra sai da boca não tem como apagar o seu efeito, é como o ácido que corrói, destrói, dependendo do que for dito, e ainda tem o efeito devastador da propagação.
Use este órgão tão importante (a língua) para ações construtivas. Tanto a fofoca quanto a agressividade verbal são danosas. Deixe a fofoca de lado, anule-a da sua vida, ou ela te anulará como uma pessoa altruísta.
A cada fofoca propagada é uma semente de maledicência plantada, se planta uma aqui e logo germina mais outra, mais outra, cada uma maior que a anterior. É onde entra um velho ditado popular que diz.: “Quem conta um conto aumenta um ponto”.
A fofoca é o espelho da inveja. Quando se fala mal de alguém, é tentando denegrir-lhe a imagem, rebaixá-la para subir sua própria. São escadas de degraus podres na vida, que a qualquer momento pode ruir e todos se machucarem, o ofensor e o ofendido.
 A agressividade verbal tem o efeito do chicote, que humilha e machuca. Ela pode conter verdades, mas verdades podem ser ditas de várias maneiras, sem ser necessário ferir ou machucar. Nem sempre as verdades “ditas na cara” tem efeito benéfico.
Ações verbais como.:
a)       “Seu incompetente, imprestável, inútil, não vê que está errado”?
Substitua esta expressão por outra mais amena, mais suave.
-  Vamos ver o que saiu errado e ver como se corrige? Tente novamente e você vai conseguir.
(Mostre o que você esperada da  outra pessoa. Às vezes nunca foi ensinado direito o que se espera que o outro faça, e ninguém tem bola de cristal para adivinhar. )

b)      “Cara, você está feio e acabado, heim?”
Substitua por.:
Você está um pouco diferente, o que ocorreu que provocou esta mudança?
(Com isto você se manifesta interessado sem ser desagradável)

c)       “Você só traz azar e tristeza na minha vida, maldito o dia em que te conheci” 
Substituição.:
Algo não está bem entre nós, vamos ver o que podemos melhorar para nosso relacionamento ser melhor ainda?
(Pois às vezes não é só você quem está triste e infeliz, o parceiro(a) deve estar se sentindo da mesma forma, só que por acomodação ou gentileza, não quer te ferir como você o(a) está ferindo).

d)      “Você nunca fez nada direito na vida, não é agora que vai fazer”.
 Com tanta falta de apoio, aí é que o parceiro(a) não vai procurar melhorar mesmo.
 Para quê? E para quem? Para você... que está menosprezando-a(o)?
Sugira algo diferente.
- Desta vez você vai conseguir, basta tentar com mais afinco, com mais determinação... tente e conseguirá...
(Uma estima elevada consegue extrair forças desconhecidas.)

Tudo são palavras que vão e não voltam, ferem o destinatário e azedam o emissor, e não acrescentam nada na vida de ambos, se forem ditas com menosprezo.
Porém podem semear paz e esperança, usando o mesmo  sentido só que com palavras diferentes, impulsionando  obterem resultados inesperados.
Deus deu o poder da palavra ao homem para que ele possa usá-la de forma correta e construtiva. Você não vê o jumento, o cachorro, o jacaré, a cobra, nenhum animal falando. Só o homem, então, porque usar este privilégio divino para fazer merda?
Porque não usar esse poder que cabe a cada um de nós para semear palavras construtivas, amenas, suaves?
Quem aprende a usar uma ferramenta simples chamada “diálogo” consegue maior resultado que aquele que não permite esta ação em sua vida. No diálogo você desfaz mal entendidos, lança suas idéias, esclarece dúvidas, ameniza mal-estar, e ainda enriquece sua vida com informações e conhecimentos.
Procure sempre ser otimista, sem ser visionário. Seja um otimista dentro da sua realidade, espere sempre o melhor de tudo, procure ver sempre o lado bom das coisas e das pessoas, tudo na vida tem dois lados, o positivo e o negativo.  O positivo te eleva, o negativo te puxa pra baixo. Você, como pessoa, não nasceu para ser rato-de-esgoto, nasceu para elevar-se rumo a Deus, e esta elevação ocorre principalmente através do seu espírito, eleve-o com amor, carinho, simplicidade, honestidade, esperança e fé, e com isto estará dizendo.: Obrigado Senhor, por me fazer feliz.